Especial Matrix - Trilogia
Game: Enter the Matrix

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Enter the Matrix
Por Érico Borgo
26/5/2003

Enter the Matrix
4 ovos

Antes de começar a falar da experiência de jogar Enter the Matrix, vale comentar que não se trata apenas de mais um jogo baseado em um longa-metragem, daqueles que você conduz o personagem principal do filme por diversas fases que lembram cenas da história. Enter the Matrix é muito mais que isso. É, na verdade, uma experiência complementar ao universo criado pelos irmãos Wachowski.

O produto tem um roteiro inédito, que ocorre paralelamente a Matrix reloaded e preenche lacunas da história. Ele intercala cenas filmadas com todo o elenco da série com o jogo em si, uma mistura de game de ação em primeira pessoa, RPG, luta e simulador de direção. A história foi escrita por Larry & Andy Wachowski e tem quase uma hora de filme inédito, rodado com exclusividade para o game. Sendo assim, parte das atividades da resistência dos humanos não mostradas no filme poderá ser descoberta no jogo.

A história

Enter the Matrix começa momentos depois do curta-metragem O vôo final de Osiris, quando a Logos, a veloz nave da capitã Niobe (Jada Pinkett-Smith) recebe a última transmissão do capitão Thadeus, da Osiris, que informa ter deixado um pacote dentro da Matrix, que contém mais informações sobre seu fatídico destino. Niobe e Ghost (Anthony Wong), seu imediato, decidem resgatar o pacote e entram no mundo virtual. A partir daí, você deve escolher um dos dois para controlar e cumprir seus objetivos.

O visual é totalmente integrado à franquia Matrix. Todos os elementos de design são idênticos aos dos filmes e os irmãos Wachowski dirigiram pessoalmente as seqüências exclusivas em vídeo. Tais cenas apresentam os mesmos atores, cenários, figurino, efeitos e sonoplastia usados em Matrix reloaded e não foram dubladas em nenhum país nos quais o jogo foi lançado, a fim de manter a fidelidade ao original.

No Brasil, a versão para PC de Enter the Matrix terá legendas, enquanto as versões para Gamecube, XBox e Playstation 2 serão mantidas no original, em inglês. A preocupação com a qualidade é tão grande que muita gente acreditava que os diretores já estavam rodando o Matrix 4!

A ação

Logo de cara, uma surpresa. Não há as tradicionais "fases de treinamento", tão comuns nos games de hoje. A ação começa direto no primeiro objetivo: invadir uma central de correios e resgatar o pacote enviado por Thadeus. Nada mais lógico, afinal, o game é um complemento ao filme e não há tempo para treinamentos na história. Niobe e Ghost são guerreiros veteranos e cabe a você entender o que fazer rápido, antes que policiais - ou algo pior - acabem com sua vida.

Felizmente, diretrizes e dicas são mostradas constantemente na tela, a maioria delas vinda de Sparks (Lachy Hulme), o operador da Logos. Assim como nos filmes, ele usa o celular (da Samsung!) para se comunicar com seus companheiros dentro da Matrix e ajudá-los a sobreviver, indicando saídas, telefones e armadilhas.

Dentro do mundo virtual da Matrix, Niobe e Ghost utilizam-se de kung-fu e armas (muitas armas) para enfrentar seus oponentes. O jogo traz centenas de golpes de artes marciais diferentes, obtidos através de sistemas de captura de movimentos e coordenados por Yuen Wo-Ping (coreógrafo das cenas de luta de todos os Matrix, O Tigre e o Dragão e As Panteras, entre outros). Sem dúvida, trata-se de um dos pontos altos do game. Não é difícil controlar as personagens e os movimentos saem quase automáticos, sem grandes combinações de teclas.

Melhor ainda do que o kung-fu é usar a habilidade do "foco" para fazer as mesmas proezas sobre-humanas que os heróis realizam nos filmes. É possível se desviar de balas como Neo na cena do saguão, correr pelas paredes como Trinity ou dar supersaltos entre edifícios como Morpheus. Tudo em bullet time, aquela estilosa câmera lenta que virou moda no cinema desde o primeiro Matrix. Uma grata surpresa pra quem achava que isso não seria novidade, uma vez que Max Payne (eleito o melhor jogo do ano em 2001) já havia se utilizado do recurso.

Problemas

Claro que nem tudo é perfeito. Pra começar, a instalação é um verdadeiro parto. O jogo instala cerca de 4 gigabytes de arquivos no seu HD e o último CD (são 4) costuma dar erro de leitura em alguns drives. No nosso caso, foram quase quatro horas de tentativas até que ele finalmente funcionasse.

Depois da instalação complicada, outro problema. O drive da placa de vídeo tem que estar atualizadíssimo para funcionar direito, coisa que só percebemos depois de ler o (pasme!) "leia-me.txt". Sim! Aquele arquivo que ninguém lê dessa vez foi bastante útil. ;-)

Quando finalmente tudo estava devidamente instalado, outro obstáculo... configurar o vídeo do jogo. Mais umas três ou quatro tentativas. E olha que rodamos o dito num Pentium IV, com 521MB de RAM... configuração muito superior à requerida pela caixa.

Engraçado que esquecemos todo o nervosismo das quatro horas perdidas quando o jogo finalmente apareceu na tela... o prazer de conferir uma hora de filme e poder interagir com a série superaram toda a dor de cabeça da instalação.

Imagens © Warner Bros

Todos os direitos reservados, Especial Matrix®2003